terça-feira, 9 de março de 2010

O surgimento da REBIA


"A imprensa livre é o olhar onipotente do povo, a confiança personalizada do povo nele mesmo, o vínculo articulado que une o indivíduo ao Estado e ao mundo, a cultura incorporada que transforma lutas materiais em lutas intelectuais, e idealiza suas formas brutas". - Karl Marx


Propus aos membros do IBVA – Instituto Brasileiro de Voluntários Ambientais, que havíamos fundado alguns anos antes, transformarmos o nome e os objetivos do IBVA para atuar mais diretamente com a democratização da informação socioambiental no Brasil. Surgiu então a Rede Brasileira de Informação Ambiental (REBIA), uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, tendo em seu conselho gestor e editorial Aristides Arthur Soffiati, David Man Wai Zee, Flávio Lemos de Souza, Ricardo Harduim, Rogério Ruschel, Kheyla Tavares, Paulo Braga, Bernardo Niskier, Rogério Álvaro Serra de Castro, Carlos Alberto Muniz, Fernando Guida, Raul Mazzei, Márcio Ferreira e JC Moreira.

A REBIA nasceu com o propósito de envolver cada vez mais pessoas e instituições com foco na democratização da informação ambiental no Brasil, promovendo sua ação articulada; difundir a “Cultura de Rede” e o fortalecimento dos laços entre os produtores e difusores de informações ambientais no Brasil; contribuir para identificação, análise e divulgação do cenário da informação ambiental no Brasil, na forma de um diagnóstico atualizado ano a ano; propiciar a produção, difusão de conhecimento, práticas e metodologias para a democratização da informação ambiental; estimular intercâmbio de experiências e parcerias para execução de ações com ênfase na continuidade da REBIA; promover a articulação da REBIA com as demais redes ambientais e outras de interesse, ampliando seu leque de parceiros; desenvolver serviços de informação capazes de operar de forma articulada com demais sistemas de Informação Ambiental no Brasil.

Aproveitei para promover uma reengenharia a partir do Jornal do Meio Ambiente que chegou, em junho de 2006, a 113ª edições, com mais de dois milhões de exemplares distribuídos gratuitamente graças ao financiamento das empresas conscientes de sua responsabilidade ambiental. Uma referência de informação socioambiental, em seus 10 anos de existência o Jornal acabou por incubar diversos outros produtos de comunicação que precisavam ganhar vida própria. Assim o Jornal deixou de existir para dar lugar a um novo veículo, a REVISTA DO MEIO AMBIENTE, uma publicação impressa, também distribuída gratuitamente por mala direta e que já estava em sua 27ª edição quando escrevi estas linhas. O então site do Jornal passou a chamar-se PORTAL DO MEIO AMBIENTE ( www.portaldomeioambiente.org.br ), e para o envio do boletim digital NOTÍCIAS DO MEIO AMBIENTE, atualizado e enviado diariamente para um cadastro de leitores com mais de 210.000 assinantes, criei a Agência REBIA de Notícias Socioambientais. O grupo de leitores do Jornal na internet, que estava em torno de 1.300 membros foi substituído por seis FÓRUNS REBIA, subdivididos em REBIA NACIONAL, REBIA CENTRO-OESTE, REBIA NORDESTE, REBIA NORTE, REBIA SUDESTE, REBIA SUL, e em pouco tempo mais que dobramos o número de membros nestes fóruns, número que continua crescendo, graças também ao apoio e ao trabalho dos voluntários da REBIA, que ajudam na moderação de cada Fórum e colaboram com informações e reflexões que estimulando os debates. Este material informativo e opinativo que circula nos fóruns da REBIA é importante para a atualização do Portal do Meio Ambiente e para a elaboração da pauta da Revista do Meio Ambiente, não sendo exagero dizer que, graças a este mecanismo de participação, os próprios leitores é que fazem o Portal e a Revista, indicando o que querem ler!

A REBIA tem adotado a prática de sempre buscar parcerias fortalecendo a idéia da rede de solidariedade socioambiental por um mundo melhor. Neste sentido, a parceria com a ASSOCIAÇÃO ECOLÓGICA PIRATINGAÚNA para a administração financeira da Revista do Meio Ambiente e dos projetos da REBIA tem sido muito proveitosa! A Associação Ecológica Piratingaúna é uma OSCIP - Organização da Sociedade Civil de Interesse Público com sede em Barra Mansa. Entre os projetos que resultaram de nossa parceria, estão os mutirões dos Voluntários Ambientais, e os Ecoclubes, em Barra Mansa, entre outros projetos.

O trabalho rumo a um mundo sustentável e de baixo carbono e pelo fortalecimento da cidadania socioambiental em nosso país seria mais fácil se as empresas, governos e organizações compreendessem que a democratização da informação ambiental não é uma mera questão comercial ou de marketing, mas é estratégica para nossa Sociedade, pois o efetivo exercício da cidadania ambiental, crítica e participativa, capaz de tomar decisões e fazer escolhas de forma consciente, pressupõe no mínimo a existência de informação ambiental acessível, de qualidade e independente, e ainda estamos bem longe disso.

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