terça-feira, 9 de março de 2010

Livros para ajudar a transformar o mundo


“Como ainda não somos uma sociedade leitora, não podemos esperar que o exemplo venha de casa. Ou acabaremos condenando as futuras gerações a também não ler... (É preciso) quebrar esse ciclo vicioso, criando em seu espaço um ambiente leitor.” – Ana Maria Machado, Nova Escola

Tenho me dedicado à literatura como forma de contribuir para o incentivo ao hábito da leitura, o despertar novo talentos literários, o estímulo à inclusão digital e à formação da cidadania socioambiental planetária dos jovens alunos. Nas condições de desigualdade que persistem na sociedade brasileira esta é uma tarefa complexa que exige esforços conjugados de todos que têm compromissos e responsabilidades com o país. De acordo com o Mapa do Alfabetismo no Brasil (INEP, 2003), a evolução da taxa de analfabetismo da população de 15 anos ou mais, no País, diminuiu de 65,3%, em 1900, para 13,6%, em 2000, realizando grande avanço neste campo ao longo do século passado. Apesar desse avanço, entretanto, o Brasil ainda possuía, em 2000, cerca de 16 milhões de analfabetos absolutos (pessoas que se declararam incapazes de ler e escrever um bilhete simples) e 30 milhões de analfabetos funcionais (pessoas de 15 anos ou mais, com menos de quatro séries de estudos concluídas). Ou seja, apenas um em cada quatro jovens e adultos brasileiros consegue compreender totalmente as informações contidas em um texto e relacioná-las com outros dados. Configura-se, assim, um quadro perverso de exclusão social, que deixa à margem do efetivo letramento cerca de três quartos da população brasileira. De acordo com os especialistas, uma das principais causas do elevado índice de alfabetismo funcional e das dificuldades generalizadas para a compreensão vertical da informação escrita se localiza na crônica falta de contato com a leitura, sobretudo entre as populações mais pobres.

Não é nenhum governo, nem um setor em particular, é a Sociedade brasileira que exige a consolidação de uma ação conjunta para o livro e leitura e para a educação socioambiental em nosso país. E, de todas as organizações da sociedade, a escola é a mais qualificada para exercer o papel central na garantia do direito à educação e, além dele, do direito a aprender sobre meio ambiente. Por isso, tenho procurado escrever livros que possam ser adotados nas escolas.

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Vilmar