quarta-feira, 10 de março de 2010

Prêmio Global 500 da ONU






"Procure ser uma pessoa de valor, em vez de procurar ser uma pessoa de sucesso. O sucesso é conseqüência." - Albert Einstein


Em 1999 tive a honra de ser indicado pelo então Deputado Federal Fábio Feldmann para receber, no Japão, o Prêmio Global 500 das Organizações das Nações Unidas, concedido às pessoas que mais se destacaram na defesa ambiental do Planeta. Fui o único ambientalista representante do Brasil e América do Sul naquele ano. O Brasil possui 16 laureados, segundo o site www.global500.org sendo Chico Mendes o primeiro brasileiro a receber o prêmio, em 1987. Em 1990, oito brasileiros foram premiados, Raulino Reitz, Paulinho Paiakan, Roberto M. Klein, Ivan Fonseca, Mary Zanoni Allegretti, Carlos Minc, Margaret Mee e Gert Roland Fischer. Em 1991, foram três ganhadores, Philip Martin Fearnside, Herbert Jose de Souza (Betinho) e Davi Kopenawa Yanomami. Em 1992, foram dois, Anesia do Amaral Schmidt e Oliver Henry Knowles. Em 1995, Anna and Livio Michelini, em 1996, Sonia Regina de Brito Pereira, e por último eu, em 1999.

Na ocasião recebi instruções muito claras de minha tradutora de que o protocolo proibia que os laureados dirigissem a palavra, tocassem ou fotografassem o Imperador do Japão, com quem teríamos audiência. A própria tradutora não era autorizada a traduzir as palavras do Imperador, honra limitada apenas aos tradutores da Casa Imperial.

No Brasil, na ocasião, estávamos apoiando a campanha das ONGs pela criação do Santuário do Atlântico Sul, para a preservação das baleias, e o Japão, não só vinha atuando contra a criação do santuário, como ainda fazia pressão na Comissão Internacional de Baleias para aumentar sua cota de caça de 440 para 600 baleias ao ano. Assim, assumi o risco de quebrar o protocolo, mesmo sabendo que teria de falar em português. Então escrevi uma carta ao Imperador para entregar em suas mãos na minha primeira oportunidade, pedindo que se associasse ao esforço dos ambientalistas pelo fim da caça à baleia. Não tinha idéia de que esse meu gesto de rebeldia fosse provocar tanto constrangimento. A embaixada do Japão queixou-se formalmente à ONU, que se queixou ao Feldmann, que me defendeu argumentando que eu era um ambientalista e não poderia esperar atitude diferente. Tive de enviar carta à Marilyn Mosley, então presidente Global 500 Forum, para explicar minha posição, mas reforcei novamente o que já tinha solicitado ao Imperador, o que deve ter desagradado ainda mais a Embaixada do Japão. Cheguei a achar que iriam ‘caçar’ o meu prêmio.

Coincidência ou não, o fato é que o Japão recuou de sua pretensão de ampliar em mais 140 baleias sua cota de caça. E para mim isso foi o melhor prêmio. Prefiro pensar que aqueles jatos de água que elas lançam para o ar ao respirarem são de alívio. Claro que a luta continua, pois 440 baleias continuam perdendo a vida todos os anos, mas penso que cada um de nós, sempre que tiver oportunidade, fará certamente a sua parte.

Minha idéia de um prêmio importante como o Global 500, nunca foi para pendurar na parede. Penso que o principal mérito desta láurea está em exatamente poder ampliar minha voz em defesa do meio ambiente e minha capacidade de ação para a formação de uma cidadania ambiental planetária.

Carta em Defesa das Baleias
Tóquio, 03/06/99
Ao Imperador do Japão
Majestade Imperial,

Rogo a V. Majestade pelo fim da caça às baleias no mundo. No Brasil, temos acompanhado de maneira apreensiva, as ações do governo Japonês para prorrogar prazos e obter autorizações que permitam sacrificar estes animais.

Como ambientalista e Prêmio Global 500, e tendo a oportunidade de estar em Vossa Presença, não poderia deixar de implorar pela vida de nossas baleias e, tenho certeza, levando em conta Vossa Sensibilidade com o meio ambiente, que temos grandes e boas chances de sermos ouvidos. Peço perdão se fui irreverente e ousado, mas cada baleia que tenha sua vida poupada, já terá valido o esforço e constrangimento.

Saudações Fraternas e ecológicas do
Vilmar

“Agradeço ao Vilmar pela força no tocante às baleias; certamente sua intervenção junto ao Imperador do Japão será mais um importante ponto de apoio para as pressões que estamos tentando aplicar nos japoneses & cia.” - José Truda Palazzo, Jr., fundador do Projeto Baleia Franca - IWC/BRASIL


“Fiquei feliz pelo Vilmar ter sido outorgado com o Global 500. Vejo agora suas iniciativas em Tóquio: de novo parabéns, principalmente pelas baleias! O governo brasileiro deveria também premiar o Vilmar pelo tanto que ele facilitou o trabalho deles!” - DENISE MARÇAL RAMBALDI - Presidente da Associação Mico-Leão-Dourado


Ao voltar ao Brasil, tive a honra de também receber uma Moção de cumprimento e parabéns aprovada em regime de urgência pelo Plenário do Conselho Nacional do Meio Ambiente, durante a 53ª reunião ordinária, em 30 de junho de 1999, por proposta do ambientalista Paulo Finnoti, representante das ONGs da Região Sudeste, pelos seguintes considerandos: importância da mídia, particularmente a escrita e periódica no que se refere ao processo de informação das atividades de conservação e preservação do meio ambiente; conseqüências benéficas da informação técnica, e porque não dizer científica, necessariamente transformada em leitura inteligível aos leigos, tão necessária à divulgação das “coisas do meio ambiente”; que o “JORNAL DO MEIO AMBIENTE” e seu editor o Senhor VILMAR BERNA estão exercendo a contento tais prerrogativas de informação, o que os coloca, o primeiro como um periódico de grande importância na divulgação de notícias ambientais e o segundo, como ambientalista e divulgador sério das atividades ambientais ocorridas no país, particularmente na Região Sudeste; prêmio Global 500 da ONU para o Meio Ambiente recebido pelo jornalista Vilmar Berna por suas atividades jornalísticas em defesa do meio ambiente.

Também fui homenageado com uma moção de congratulações e aplausos pela ALERJ – Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, aprovada na Sessão de 29 de junho de 1999, por proposição do Deputado Estadual Alessandro Calazans, publicada no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro, em 6 de julho de 1999.

Recebi ainda do Núcleo Gonçalense de Memória, Pesquisas e Promoções Culturais – MEMOR – 1999 uma moção de congratulações, aprovada por unanimidade na reunião de 15 de junho de 1999, e assinada pelo Presidente Prof. Helter Jerônymo Luiz Barcellos, pelos seguintes considerandos: conjunto do trabalho de VILMAR BERNA no campo da preservação do meio ambiente gonçalense; extensão de sua obra científica, integrada por obras de real importância para a proteção da natureza; diversos lauréis recebidos, ressaltando-se o Prêmio Global 500.

Em 2002, recebi o título de Cidadão de Niterói, pela “digna e valiosa participação nas causas que contribuem para o continuado engrandecimento e progresso da Cidade de Niterói”, por iniciativa do vereador Fernando de Oliveira Rodrigues (Decreto Legislativo nº 353, publicado em 11/04/2002) e indicação do amigo Paulo Lemos.

Em 2003, recebi o Prêmio Verde das Américas, na categoria Jornalismo, “pelo seu trabalho comprometido com as questões socioambientais, carregando a responsabilidade de defender, preservar e proteger a natureza, em prol do equilíbrio ambiental do Planeta”, concedida pela ONG PALÍBER, coordenada pelo Ademar Soares Leal e entregue pelo Deputado Federal no cargo de Secretário Municipal de Meio Ambiente da Cidade do Rio de Janeiro, Airton Xerez.

Em 2005, recebi ainda o Título de Empreendedor Comprometido com a Causa do Desenvolvimento Sustentável no Brasil durante a II Conferência Nacional do Meio Ambiente, pelas mãos do então Ministro Gilney Viana, concedido pela Fundação ALPHA e pela Revista Ecoturismo, editada por Hercules Góes.

Vilmar é um dos grandes ambientalistas que conhecemos. Seu trabalho tem contribuído muito para as nossas conquistas.” - DENNER GIOVANINI, fundou a Renctas – Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres, em 1999 e desde então se dedica de corpo e alma ao combate do tráfico de animais silvestres. Em 2004, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) escolheu Dener para receber o Prêmio Unep-Sasakawa 2003, considerado um dos mais importantes prêmios ambientais do mundo.


“Desde o início de nossa luta pelos ecossistemas da Reserva Ecológica de Jacarepiá, em Saquarema, vimos contando com o valioso apoio do Vilmar. Daí aprendemos a admirá-lo quanto a sua competência e iniciativas para com a proteção do meio ambiente em todo nosso Brasil. Também confesso que não havia encontrado até então alguém com visão capaz de igualmente compreender os fenômenos extraordinários (mas ocultos) em relação a fauna e a flora. Já não me sinto tão sozinho!” - ERNANI ANDRADE - presidente da ONG ADEJA – Associação de Defesa Ambiental de Jacarepiá


“Gente como o Vilmar faz a diferença quando se precisa de exemplos de que estamos no caminho certo. O reconhecimento merecido pelo seu esforço vai ser sempre uma bandeira a mais a levantar na hora de contagiar outros brasileiros.” - AROLDO PARAGUASSÚ - SDS da Tribo


“Fiquei muito contente com a notícia de que o Vilmar havia ganho o Prêmio Global 500 da ONU. Esse prêmio só é dado a pessoas realmente engajadas na questão ambiental e que a levam com seriedade e coerência. Vilmar se junta agora a outras importantes personalidades que receberam este prêmio, como Fabio Feldmann e Davi Copenawa.” - Hilário Baptista (hbaptista@uol.com.br) - Ouvidoria Ambiental - Secretaria de Estado do Meio Ambiente - São Paulo


“Todos, que militam na área, conhecem Vilmar por sua competência em dirigir as causas que abraça em defesa dos nossos ecossistemas. Particularmente, tenho um algo mais a falar. Por ser Presidente de uma ONG direcionada somente a causa da fauna, sempre tive em Vilmar um aliado e um cúmplice no combate aos crimes contra nossos animais. Vilmar nunca se importou se a causa era da ararinha azul, de um cachorro, de cavalos, de tartaruga marinha ou outro animal qualquer, como manda a nossa Lei de Crimes Ambientais. O seu exemplo deverá servir para certos ambientalistas das áreas governamentais que, com possibilidade de modificar tantas situações, se omitem e só querem saber dos “animais silvestres” como se, somente eles, fizessem parte da fauna. Este motivo me emociona muito e é, com um prazer enorme, que faço coro dos aplausos ao seu trabalho.” - SHEILA MOURA - Presidente da Sociedade Educacional “Fala Bicho”


“Nessa nossa sociedade que tão pouca importância dá à questão ambiental, questão essa que é decisiva para o nosso futuro, é com grande satisfação e destaque que vemos a atuação de pessoas como o Vilmar, que se dedica a uma causa tão nobre.” - Prof. GUSTAVO SOUTO MAIOR – coordenador do Núcleo de Estudos Ambientais (NEA) da Universidade de Brasília (UnB). Engenheiro e mestre em Gestão Econômica do Meio Ambiente pela UnB, participa do Conselho de Gestão da Reserva da Biosfera do Cerrado e do Conselho Consultivo do Parque Nacional de Brasília. Atualmente, preside a Associação Amigos do Parque Nacional de Brasília e entre os trabalhos publicados, destacam-se os que tratam das relações entre a economia e a conservação da natureza.


“É tão bom ver quem trabalha por uma causa nobre, com o Vilmar, ser reconhecido. As notícias que mais ouvimos são sempre aterrorizantes, a tal ponto que nos trazem a sensação de impotência e medo. Talvez seja este o maior desafio - despertar em cada um o poder transformador que temos para construir um mundo melhor. Notícias boas como o prêmio recebido pelo Vilmar nos enchem de esperanças e a certeza de que vale a pena lutarmos pelo nosso planetinha azul.” - SUZANA & CLÁUDIO PADUA e a turma do IPÊ


“Parabenizo o Vilmar desde Buenos Aires. Nuestras mas sinceras felicitaciones por el buen trabajo que estas desepeñando por el cuidado de nuestro medio ambiente.” - LILIANA HISAS - Fundacion Ecologica Universal - FEU Buenos Aires (1041) – Argentina

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Um abração do
Vilmar