terça-feira, 9 de março de 2010

A democratização da informação ambiental - um pequeno histórico


“A nova fonte de poder não é o dinheiro nas mãos de poucos, mas informação nas mãos de muitos.” - John Naisbitt


Tenho procurando reforçar a importância da democratização da informação. Em 1986, participei do XXI Congresso Nacional de Jornalistas, em São Paulo, com o tema “A comunicação e a Democracia”. Em 1989, participei em São Paulo do Seminário "A Imprensa e o Planeta", promovido pela Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão e pela Associação Nacional de Jornais. Três meses depois, participei do encontro mais importante para o jornalismo ambiental brasileiro: o seminário da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ). A partir do seminário da FENAJ, realizado em Brasília, formaram-se núcleos regionais de jornalismo ambiental em São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul, com o objetivo de criar uma entidade nacional de jornalismo ambiental. No Rio de Janeiro, fundei o núcleo no Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, do qual eu era diretor. Entretanto, apesar do entusiasmo inicial, sobrou apenas o Núcleo de Ecojornalistas do Rio Grande do Sul (NEJ/RS) que nasceu dentro do movimento ambientalista, no dia 22 de junho de 1990, num debate com o presidente da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural, filósofo Celso Marques, e o presidente da União Protetora do Ambiente Natural, jornalista Carlos Aveline.

Também participei da criação da rede de jornalistas de meio ambiente, uma das decisões do Encontro Internacional de Imprensa, Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizado entre 20 e 24 de maio de 1992, em Belo Horizonte, batizado de Green Press. Este encontro estava na agenda oficial da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio 92. A Eco 92 foi como um divisor de águas na consciência ambiental do brasileiro. A partir daí, a questão ambiental, que já era considerada importante antes, mas não era prioritária, passou a ser também prioritária e levada a sério no planejamento estratégico de empresas e governos.

Com Rogério Ruschel, da Revista Business do Bem e Adalberto Marcondes, da Envolverde, entre outros editores da mídia ambiental criamos a Ecomídias – Associação Brasileira de Mídias Ambientais, que entre as ações concretas, encaminhou ao Ministério do Meio Ambiente o pleito para a criação de uma política de comunicação ambiental que resultasse no financiamento das mídias ambientais, entre outras exigências. Em 30 de março de 2004, o Governo Federal criou o GT (grupo de trabalho) com o objetivo de formular uma política em relação à informação ambiental a fim de garantir mecanismos e instrumentos que garantam o direito à informação, como definido na Constituição do Brasil.

Em outubro de 2005, participei do I Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental, no SESC de Santos, que contou com a presença de centenas de jornalistas de todo o Brasil e também de países como Cuba, Estados Unidos, Moçambique, Inglaterra, Uruguai, entre outros. O evento foi um momento de encontro para os participantes da Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental (RBJA), lista de discussão online criada em 1998, que já conta com cerca de 500 jornalistas cadastrados. Realizado pela RBJA, Núcleo Paulista de Jornalismo Ambiental, Núcleo de Ecojornalistas do Rio Grande do Sul, Ecoagência Solidária de Notícias Ambientais e pela Agência Envolverde.

Durante a IIª Conferência Nacional do Meio Ambiente, em dezembro de 2005, participei do encontro entre jornalistas, editores e diretores de agências ambientais, no espaço do GTA (Grupo de Trabalho da Amazônia) que discutiu o papel da comunicação ambiental na construção das políticas públicas de meio ambiente e na formação da opinião pública. Esta temática do debate sobre Mídia, Política Ambiental e Opinião Pública, foi proposta pelo Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais (FBOMS). Para debater o assunto foram convidados além de mim, Francisco Costa, diretor de Educação Ambiental do MMA; José Arnaldo de Oliveira, assessor de comunicação do Grupo de Trabalho Amazônico (GTA); Mara Régia, apresentadora do programa Natureza Viva, da Rádio Nacional da Amazônia; Maristela Bernardo, jornalista e doutora em Sociologia. O moderador foi Juarez Tosi, da Ecoagência.

“O trabalho pioneiro de disseminação da consciência ecológica desenvolvido pelo Portal e pela Revista do Meio Ambiente vem colaborando para a transformação cultural, sem a qual as mudanças não têm consistência. A coragem do Vilmar para enfrentar riscos em prol da luta ecológica e o entusiasmo para levar adiante essa causa servem de referência para todos. O espaço aberto pelo Jornal do Meio Ambiente foi um respiradouro no qual os ambientalistas brasileiros nos inspiramos.” - Maurício Andrés – escritor, ex-Presidente da FEPAM, secretário executivo do CONAMA


“Vilmar mereceu receber o Global 500! A qualidade e dinamismo do veículo de comunicação ambiental que construiu são notáveis.” - Prof. Eduardo Viola - Department of International Relations and Center for Sustainable Development University of Brasilia


“A incansável batalha do Vilmar pela informação mantém viva a indignação e a esperança de um outro mundo, construção que começa bem aqui, na nossa casa.” - Jean-Pierre Leroy


“Vilmar Merece! Acredito que prestigiar um profissional e idealista que milita na área utilizando para isto os meios de comunicação e fazendo deles seus aliados para a difusão de uma cultura em prol da vida tem que ser valorizado e preservado a todo o custo. Pessoas como o Vilmar são um estímulo e um exemplo de esperança de que é sempre momento de lutar por algo melhor. É uma honra para todos nós, ambientalistas que trabalham a sério”. - SANDRA SINICCO E ARON BELINKY – Ecopress

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Vilmar